Heróis da Água

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domingo, 2 de junho de 2013

SST - EMAS - Campanha de Sensibilização 

A avaliação de riscos é um processo direto, baseado na apreciação de vários componentes já anteriormente descritos em publicações anteriores, muitos deles não exigem qualificações especializadas, pois grande parte dos perigos inerentes às atividades inseridas no âmbito do setor saneamento, são relativamente fáceis de identificar e muitos deles já bem conhecidos pelos colaboradores de empresa.


Os colaboradores, com quem tivemos algum contacto durante estes últimos 3 meses, têm perfeito conhecimentos dos riscos que lhes estão associados  inclusivamente conhecem os procedimentos para  boas práticas de trabalho, assim como os equipamentos de proteção individual a utilizar nas suas diversas tarefas, no entanto não fazem uso desse conhecimento, trabalhando de forma inconsciente e despreocupada.

Posto isto, achámos por bem realizar uma campanha de sensibilização para a utilização dos equipamentos de proteção individual, no entanto aquilo que pretendíamos  era chegar aos trabalhadores através de uma abordagem diferente, sem optar pelos métodos convencionais (explicativos e descritivos.)

A nossa campanha de sensibilização:

Um grupo de trabalhadores, seriam Técnicos de Saúde Ambiental por uma horas, enquanto os seus colegas estariam a trabalhar normalmente. 

Os trabalhadores, que teriam funções delegadas por  mim e pela Silvia, de Técnicos de Saúde Ambiental, teriam que observar os seus colegas a trabalhar e em simultâneo preencher uma checklist por nós realizada.




Checklist realizada, com intuito d
e os trabalhadores preencherem


Os dados da checklist seriam tratados, por mim e pela silvia. Após o tratamento dos dados, teriam uma sessão em sala, para apresentar os resultados, e sensibilizar para o uso dos equipamentos de proteção individual, com recurso a filmes e imagens. 

Esta era a nossa, ideia para a realização de uma campanha de sensibilização, que tinha como população alvo os trabalhadores do setor saneamento, da EMAS. 

A ideia foi aprovada e do agrado, do coordenador do setor do saneamento, e orientador externo de estágio Engº Ricardo, no entanto, não conseguimos concretizá-la devido aos timings a cumprir.  Não foi possível retirar os trabalhadores das suas tarefas, para a realização da campanha.

Apresentação de Resultados




Embora, não tivéssemos conseguido concretizar a campanha, achei conveniente fazer referência a esta atividade. 

SST - Setor do Saneamento - EPI


De uma forma geral, quando conhecemos a realidade de uma determinada empresa, no âmbito de Higiene e Segurança no Trabalho, reconhecemos que o grande calcanhar de Aquiles de todas as elas, são as medidas de proteção individual, ou seja, a utilização, ou mais precisamente a não utilização dos equipamentos de proteção individual, por parte dos trabalhadores.


Tendo em conta, a realidade  que se observa na grande parte das empresas, não sendo a EMAS excepção.
Esta publicação irá incidir essencialmente nas medidas de proteção individual, ou seja os EPI, e as características dos mesmos.

Para as empresas, e principalmente para os responsáveis pelos órgãos de higiene e segurança no trabalho, de uma determinada empresa, o principal interesse, é eliminar o risco, no entanto, quando não é possível faze-lo, há que o minimizar. Para assegurar a segurança dos trabalhadores é necessário em primeiro lugar optar por medidas colectivas, quando tal não é possível, aí sim passamos para as medidas individuais, e estas passam pela utilização de EPI'S (equipamentos de proteção individual).

Os equipamentos de proteção individual (EPI), são dispositivos e/ou acessórios destinados a serem utilizados pelos trabalhadores, com o intuito de os proteger dos riscos a que estão expostos.

Estes devem respeitar as disposições comunitárias referentes à sua concepção em matéria de segurança e saúde, devem ainda ser adequados relativamente aos riscos a que se destinam prevenir, sem que eles próprios constituam um risco para quem os irá utilizar.

Todo o equipamento de proteção individual é de uso pessoal, nesse sentido, aquando da realização de qualquer trabalho, o mesmo deve estar à disposição dos trabalhadores.

Características dos equipamentos de proteção individual:

  • Eficaz (adequado aos riscos a proteger);
  • Robusto;
  • Prático;
  • Cómodo;
  • De fácil limpeza e conservação.

Apesar das suas características  é essencial a colaboração do trabalhador para a escolha do mesmo, uma vez que permite receber informação direta do próprio trabalhador, que pelo seu contacto diário com o processo conhece todos os aspetos, que a outros possam passar despercebidos, permite ainda reduzir a possibilidade da sua rejeição.

Como escolher o equipamento de proteção individual mais adequado......

A escolha do EPI, deverá ser feita com base na avaliação dos riscos existentes em cada posto de trabalho, ou atividade realizada pelo colaborador.
Na portaria nº 988/93 de 6 de Outubro, foi publicado no anexo I, está presente um quadro que permite estabelecer uma ligação entre o riscos, e a parte do corpo do trabalhador que pode estar potencialmente exposta e afetada.

Na portaria supra-citada  no anexo II encontra-se uma lista com vários tipo de equipamentos, que permitem fazer o cruzamento com as atividades em que podem ser necessários. 

Principais tipos de Proteção Individual....


Proteção da Cabeça - a cabeça deverá ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objetos pesados, pancadas ou projecções de partículas.  A proteção da cabeça obtém-se através da utilização de capacetes de proteção, os mesmos devem apresentar elevada resistência ao impacto e 
à  penetração.(ex varejador* a desenpenhar qualquer uma das suas tarefas).
Capacetes de proteção de termoplástico

Proteção de Olhos e Rosto - os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do nosso corpo. As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho  podem ser provocadas por ações mecânicas (poeiras, partículas), óticas (luz, raios lazer), químicas (produtos corrosivos) ou térmicas (temperaturas extremas). 
Os olhos e rosto protegem-se se através da utilização de óculos e viseiras apropriadas, cujos vidros deverão resistir ao choque e ás radiações. (ex varejador *a desempenhar qualquer uma das suas tarefas).

Viseira de Proteção

Oculos de Proteção


Porteção das Vias Respiratórias- a atmosfera dos locais de trabalho encontra-se muitas vezes contaminada, na sequência da existência de agentes químicos agressivos, tais como vapores, neblinas, fibras, poeiras (ex Varejadores* de Empresas de Água e Saneamento, na limpeza e manutenção de colectores de Saneamento).

A proteção das vias respiratórias é conseguida através, da utilização de máscaras, estas podem ser de proteção química ou microbiológicas. 

Máscara de Proteção Química
Máscara de Proteção Biológica 


Proteção Auditiva - o ruído é um dos principais agentes responsáveis pela degradação das condições ambientais de qualquer local de trabalho, contribuindo para o aparecimento de doenças no aparelho auditivo e ainda do foro psíquico.

Os dispositivos de proteção do aparelho auditivo podem ser de sois tipos: protetores auriculares do tipo abafador ou dispositivos de inserção no canal auditivo.

Protetores Auditivos


Proteção do Tronco - o tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confeccionado com recurso a diversos materiais. (ex varejador* a desempenhar qualquer uma das suas tarefas).

Vestuário de Proteção 

Vestuário de Proteção 


Proteção dos Pés - deve ser considerado quando existe a possibilidade de lesões a partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou elétricos.
Quando há a possibilidade de queda de materiais  deverão ser usados sapatos ou botas, revestidos com biqueira de aço e/ou palmilha de aço.(ex pedreiro)

Proteção de Pés - botas de biqueira de aço

Proteção das mãos - os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais recorrente. Daí a necessidade da sua proteção, que pode ser conseguida através de vários tipos de luvas: luva de corte mecânico, risco biológico, risco químico ou corrosivo etc (ex: varejador * em tarefas como limpeza de fossas e colectores de saneamento).

Proteção das mãos 

Proteçõ contra quedas - a proteção contra quedas em altura deve ser realizada através  utilização de um arnês ligado a um sistema de pára- quedas. O sistema pára - quedas pode ser do tipo retrátil ou amortecedor de quedas. (ex: limpeza de reservatórios de água para consumo humano).

Vários equi de proteção  contra quedas



* Varejador - profissional que tem com principais tarefas de trabalho, limpeza e manutenção  de coletores de saneamento, fossas sépticas, e abertura de valas.




Fontes: 

Portaria nº 988/ 93, de 6 de Outubro"ESTABELECE AS PRESCRIÇÕES MINIMAS DE SEGURANÇA E DE SAÚDE DOS TRABALHADORES NA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL, PREVISTAS NO DECRETO LEI NUMERO 348/93, DE 1 DE OUTUBRO, QUE TRANSPÔS PARA A ORDEM INTERNA O DISPOSTO NA DIRECTIVA NUMERO 89/656/CEE (EUR-Lex), DO CONSELHO, DE 30 DE NOVEMBRO. PUBLICA EM ANEXO I O 'ESQUEMA INDICATIVO PARA O INVENTÁRIO DOS RISCOS COM VISTA À UTILIZAÇÃO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL', EM ANEXO II A 'LISTA INDICATIVA E NÃO EXAUSTIVA DOS EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL' E EM ANEXO III A 'LISTA INDICATIVA E NÃO EXAUSTIVA DAS ACTIVIDADES E SECTORES DE ACTIVIDADE PARA OS QUAIS PODEM SER NECESSÁRIOS EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL"
MIGUEL, A.S. (2010), Manual de Higiene e Segurança do Trabalho, 11Ed. Porto Editora
Nunes, Rogério (2010), PowerPoint de Saúde Ocupacional – Sinalização e Equipamentos de Proteção Individual, ESS – IPBEJA
SST - Setor do Saneamento - Análise de Riscos


Na sequência, do estágio curricular IV, na Empresa Municipal de Águas e Saneamento  de Beja, foi-nos solicitada, a elaboração de uma análise de risco, que incide-se sobre os riscos e perigos a que os trabalhadores do saneamento estão expostos. 

Nesse sentido, esta publicação, incidirá sobre a temática "análise de riscos e metodologias das mesmas".


Chamo a atenção dos meus leitores, que a informação que se segue nesta publicação, não terá qualquer informação, constante na Avaliação de Riscos que foi realizada, no âmbito do estágio IV, pois a mesma só diz respeito à EMAS.

Análise de Risco:

A identificação dos perigos relacionados com os postos de trabalho, deve ser realizada através das seguintes ações:

  • Circular pelo local de trabalho e observar tudo o que possa causar danos;
  • Consultar os trabalhadores e/ou os seus representantes sobre os problemas que lhes tenham surgido;
  • Analisar sistematicamente todos os aspetos do trabalho;
  • Analisar as operações não rotineiras e intermitentes;
  • Ter em atenção a acontecimentos não planeados mas previsíveis;
  • Ter em conta outros perigos a longo prazo para a saúde, como os níveis elevados de ruído ou a exposição a substâncias prejudiciais, bem como riscos mais complexos ou menos óbvios, por exemplo fatores de risco psicossociais ou decorrentes da organização do trabalho;
  • Consultar os registos de acidentes de trabalho e de problemas de saúde da empresa;

  • Procurar informações de outras fontes, tais como:

  • Manuais de instruções ou fichas de dados dos fabricante e fornecedores;
  • Organismos nacionais, associações comerciais ou sidicatos;
  • Regulamento e normas técnicas;

Identificação das pessoas que poderão estar expostas a perigos:

- Devem ser identificados os trabalhadores que interagem com os perigos direta ou indiretamente;

- Grupos de trabalhadores que podem correr riscos acrescidos ou ter requisitos específicos.


Objetivos da Análise de Riscos:

  • Identificar novos riscos;
  • Estabelecer e classificar a ordem das prioridades das medidas preventivas;
  • Monitorizar e avaliar a eficácia das medidas preventivas;
  • Realizar campanhas de sensibilização;
  • Estimar as consequências das lesões profissionais;
  • Fundar um instrumento para afinar o plano de prevenção da empresa;

Riscos.....

Os riscos nos locais de trabalho estão relacionados com as características do processo de trabalho e com a sua organização. Por esse motivo a primeira fase da avaliação consiste na identificação dos perigos e dos trabalhos em risco.

Geralmente identificados em seis grupo de riscos:

Riscos de Incêndio (delimitação de zonas perigosas e vulneráveis, tipos de fogos...);

Riscos Elétricos (materiais e dispositivos que necessitam de prevenção especifica....);

Riscos associados à circulação de pessoas e máquinas (implementação de postos de trabalho, obstruções, estado do pavimento, iluminação...);

Riscos ligados às atividade de manutenção (intervenções em condutas de produtos inflamáveis, operações de soldadura ...);
Riscos ligados à armazenagem (produtos e substâncias químicas, movimentação manual de cargas...);

Riscos ligados ao ambiente de trabalho (agentes químicos, biológicos, ambiente térmico, ruído, vibrações  radiações ionizantes e não ionizantes....);

A avaliação de riscos é efetuada com base no histórico dos incidentes ocorridos na empresa, a observar e na análise das não conformidades.

É de salientar, que existem muitas ferramentas de avaliação de riscos e metodologias, disponíveis para ajudar as empresas e organizações na realização da mesmas. 

A escolha vai depender das condições de trabalho, por exemplo, número de trabalhadores, o tipo de atividades de trabalho e equipamentos, as características do local de trabalho e os riscos específico.

Em suma, no local de trabalho, a entidade patronal tem o dever de assegurar a segurança dos seus colaboradores em todos os aspetos relacionados com o trabalho. Desta forma, e independentemente da metodologia utilizada na concepção de um avaliação de risco, esta tem ser útil aos empregadores para que possam tomar as medidas necessárias para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores.






Fontes:

Agência Europeia para a Saúde e Segurança no Trabalho;
Miguel, A.S (2010), Manual de Higiene e Segurança no Trabalho, Porto Editora.

Rogério Nunes (2010), Power Point de Saúde Ocupacional- 
Análise de Riscos, ESS - IPBEJA






domingo, 26 de maio de 2013

SST - Setor do Saneamento - Orientações Gerais


O saneamento básico é direito de todos nós seres humanos, este contribui para uma qualidade de vida melhor. Tal como já referenciado em publicações anteriores (etiqueta saneamento), com ação preventiva, quando dimensionado e operado de forma correta. 

Dento do saneamento básico está incluso o tratamento do esgoto, que é proveniente de usos de águas residenciais, industriais, comerciais, etc., onde  as etapas envolvidas nos processos de tratamento de esgoto são executadas por pessoas, máquinas, ferramentas, etc, seja na chegada do efluente na estação, seja na utilização de laboratórios e equipamentos. 

É um ambiente onde os colaboradores que ali executam o seu trabalho, estão exposto a vários riscos, tais como acidentes, contaminação, doenças ocupacionais, sendo por isso, necessário, a prevenção dentro deste ambiente de trabalho, com o intuito de promover e garantir a sua higiene e segurança. 
Desta forma, é essencial, assegurar a existência de um sistema de gestão integrada, no que diz respeito à sensibilização do interessados aos riscos a que estão expostos, promover a anulação de perigos, e quando tal não é possível  garantir e estimular, a utilização de EPI, (equipamentos de proteção individual), por parte dos trabalhadores.

Com isto, podemos, melhorar as condições no ambiente de trabalho e como consequência indireta da população, ao garantir a segurança e higiene no ambiente de trabalho através da prevenção e mitigação de riscos, acidente e aquisição de doenças profissionais. 

Setor do Saneamento.....

Obstrução de Emissário
A atividade de trabalho no setor do saneamento, apresenta particularidades no que diz respeito a riscos físicos, químicos e biológicos, que podem atentar contra a segurança e saúde dos trabalhadores, sendo por isso reconhecida como uma atividade de riscos. O regulamento de segurança, higiene e saúde no trabalho na exploração dos sistemas públicos de drenagem de águas residuais (Portaria nº 762/2002), aponta como fatores de risco específicos:

  • a insuficiência de oxigénio atmosférico: nas estruturas subterrâneas, incluindo colectores, devido a não existirem trocas de ar com o exterior, ou destas serem reduzidas.
  • a existência de gases e vapores perigosos, devido à insuficiência de oxigénio podem formar-se e/ou acumular-se gases tóxicos e inflamáveis normalmente , "consequência das reações de oxidação os compostos orgânicos, bem como da diluição do volume de ar no volume de gases produzidos" (NOHSC, 1995, in Correia, 2002, p71). "Os gases susceptíveis de constituir risco de intoxicação, asfixia, incêndio, ou explosão, são o ozono, o cloro, o gás sulfídrico  o dióxido de carbono, e o metano"(art. 6º, Port. 762/2002.
  • o contacto com reagente, águas residuais ou lamas: na rede de saneamento existem condições óptimas aos desenvolvimento de agentes de doença, tais como humidade relativa elevada, ausência de vento ou circulação natural do ar e a pouca luminosidade. Os agentes de risco biológico são bactérias  vírus, parasitas, fungos, responsáveis nomeadamente por doenças do foro gastrointestinal e respiratório.
  • o aumento brusco do caudal e inundações súbitas: o risco de afogamento está associado a alguns trabalhos na rede de saneamento. Em caixas de visita, o aumento súbito do volume de água de caudais drenados, acarreta o  risco de afogamento por inundação da própria caixa.

Todos os anos ocorrem acidentes de trabalho em sistemas de saneamento, que devido às suas repercussões graves, muitas das vezes com danos irreparáveis para a saúde do trabalhador, têm destaque nos órgãos de comunicação social.

Desobstrução de Colector
Deste modo, torna-se essencial definir regras que contribuam para a segurança e saúde dos trabalhadores e para a correta utilização dos equipamentos, quer em funcionamento normal quer em situações de emergência.

Por forma, a contribuir para o êxito da implementação dessas regras devem ser estruturados processos formativos que permitam discuti-las e enquadrá-las nos respectivos contextos e atividades de trabalho, no entanto estes devem afastar-se dos modelos de formação tradicional (expositivos e prescritivo).

Durante o estágio, tentámos dar o nosso contributo, no que diz respeito à sensibilização dos trabalhadores do saneamento, relativamente  à utilização dos equipamentos de proteção individual, como será explicito numa publicação posterior.





Fontes: 

Portaria nº 762/2002, de 1 de JulhoAprova o Regulamento de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Exploração dos Sistemas Públicos de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.





 EMAS - Higiene e Segurança no Trabalho I




"a verificação de condições de higiene e segurança consiste num estado de bem estar fisico, mental, social e não somente a ausência de doença e enfermidade."


O modo operacional das empresas tem sofrido alterações, tem vindo a evoluir no que respeita ao uso de substâncias perigosas ou até mesmo na utilização de novas tecnologias.

Esta evolução acarreta novos riscos e exige um desenvolvimento, pelas empresas, de condições de Segurança e Saúde Ocupacional (Miguel, 1998). 
Segundo Miguel (1998), "a segurança dos locais de trabalho constituiu a primeira preocupação social que impulsionou a criação de legislação laboral"(pag 21).
No dia-a-dia, todas as atividades humanas (trabalho, lazer, etc. ) representam diversos riscos, aos quais associamos, de uma forma mesmo inconsciente, um grau de risco (Martin, 2007). De acordo com Martin (2007), "uma situação considerada segura não significa isenta de riscos, mas antes com um nível de risco aceitável".


Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo sim, importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou mesmo à morte dos trabalhadores. Para tal contribuíam dois fatores, uma mentalidade em que o valor da vida humana era pouco mais que desprezível e uma total ausência por parte dos Estados de leis que protegessem o trabalhador.

Apenas a partir da década de 50/60, surgem as primeiras tentativas sérias de integrar os trabalhadores em atividades devidamente adequadas à suas capacidades.

Depois desta nota introdutória,e sendo um tema com bastante relevo para mim enquanto futura Técnica de Saúde Ambiental irei passar- vos  (leitores), algumas definições chave, sobre esta temática que estará patente nas minhas próximas publicações.

Risco - probabilidade de concretização do dano em função das condições de utilização, exposição ou interacção do componente material do trabalho apresente perigo (Lei nº 102/ 2009, de 10 de Setembro, artigo 4º alinea h).


Higiene e a Segurança - estas estão relacionadas com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores de uma empresa.

A higiene do trabalho- propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças, profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente de trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho).

A segurança do trabalho- propõe-se combater, à semelhança da higiene, de um ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.

Acidente de trabalho - acontecimento imprevisto, casual, que resulta em ferimento ou dano, no trabalho.

Lesão Corporal- é qualquer dano produzido no corpo humano, seja, ele leve ou não.

Perturbação Funcional - é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido (ex perda de visão).

Doença Profissional- são aquelas que são adquiridas na sequência do exercício do trabalho em si.

Decreto Regulamentar nº 76/2007, de 17 de Julho  - lista de doenças profissionais. 


A incapacidade temporária -  é a perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas actividades normais. 



A incapacidade parcial e permanente -  é a diminuição, por toda  vida, da capacidade física total para o trabalho. É o que acontece,  por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de uma vista incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho.

Com esta publicação, é perceptivel que as seguintes, estarão relacionadas com higiene e segurança no trabalho.
Qualquer atividade que façamos, acarreta perigos e risco, no entanto, no caso em particular da EMAS, podemos aferir que existe um grupo de risco, e que merece, que seja feita uma análise de riscos e perigos a que estão exposto, este grupo de risco a que me refiro, são os trabalhadores do sector de saneamento. 



Fontes: 
Lei nº 102/2009 de 10 de SetembroRegulamenta o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, de acordo com o previsto no artigo 284.º do Código do Trabalho, no que respeita à prevenção, bem como a protecção de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante em caso de actividades susceptíveis de apresentar risco específico de exposição a agentes, processos ou condições de trabalho, de acordo com o previsto no n.º 6 do artigo 62.º do Código do Trabalho, e a protecção de menor em caso de trabalhos que, pela sua natureza ou pelas condições em que são prestados, sejam prejudiciais ao seu desenvolvimento físico, psíquico e moral, de acordo com o previsto no n.º 6 do artigo 72.º do Código do Trabalho.
Decreto Regulamentar nº 76/2007, de 17 de Julho (Lista de Doenças Profissionais )- Altera o Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio, que aprova a lista das doenças profissionais e o respectivo índice codificado, e republica-o.
Lei nº 23/2012, de 25 de Junho,(Procede à terceira alteração do Código do Trabalho, aprovado pela Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro)