segunda-feira, 20 de maio de 2013

Saneamento V - Sistemas de Tratamento de Águas Residuais


O tratamento de águas residuais apresenta duas fases distintas: 

Tratamento na fase líquida - tem como objetivo o tratamento da água residual de forma a cumprir as condições exigidas na licença de descarga, para posterior rejeição no meio receptor;

Tratamento na fase sólida - é dado o tratamento adequado aos sólidos removidos da água residual na fase líquida.


A seleção de um sistema de tratamento é determinada por vários fatores, nomeadamente, qualidade pretendia de efluente final, (o tratamento da águas residuais depende dos parâmetros definidos), na legislação em vigor, consoante o seu destino final) , custos do investimento, (o tratamento de águas residuais é tanto mais económico, quanto maior for o número de habitantes equivalentes a tratar num só local, diminuindo os custos de investimento e exploração), e a localização do sistema e os valores - limites de emissão dos afluentes da ETAR que se pretendem, em função da qualidade da água do meio receptor onde será descarregada a água residual tratada.

Na fase líquida de uma forma geral, existem quatro fases de tratamento de águas residuais numa ETAR, designadas por tratamento preliminar, primário, secundário e terciário.

Tratamento preliminar - os esgotos são sujeitos à separação dos sólidos de maiores dimensões através de processos como a gradagem que pode ser conseguida através de grades finas e/ou peneiras rotativas.


Tratamento Primário - depois do pré-tratamento, as águas residuais, continuam com as suas características poluidoras, quase inalteradas, pois o pré- tratamento é apenas um processo físico.

Inicia-se nesta etapa, o tratamento propriamente dito, onde os poluentes são separados da água por sedimentação. À semelhança do pré-tratamento, o tratamento primário é também um processo físico mas por vezes, é ajudado pela adição de agentes químicos através da floculação ou coagulação, garantem a obtenção de flocos da matéria poluente de maior dimensões.

A eficácia deste tratamento pode ir até aos 60%, visto que no final a matéria poluente na água é de reduzidas dimensões.

Floculação - é o processo onde a água recebe sulfato de alumínio. Este produto faz com que as impurezas de aglutinem formando flocos para serem facilmente removidos.


Tratamento Secundário - consiste num processo biológico, onde a matéria orgânica (poluente) é consumida por microorganismos nos chamados reactores biológicos. Estes reactores normalmente encontram-se em tanques com grande quantidade de microorganismos aeróbios. Por isso, no final desta etapa as águas encontram-se com elevado número de microorganismos, o que leva à necessidade de existência da sedimentação nos designados sedimentadores (decantadores) secundários. 

A eficiência de um tratamento secundário pode chegar aos 95%, as água residuais já tratada podem ser devolvidas ao meio receptor sem tratamento terciário.

Tratamento Terciário- consiste na desinfecção das águas residuais tratadas, com o intuito de remover microorganismos patogénicos. 

A fase sólida, diz respeito ao encaminhamento que é dado às lamas (resíduos gerados no tratamento de águas residuais).

Durante, este o estágio, tive o privilégio e oportunidade de conhecer algumas ETAR, que são  da responsabilidade da EMAS, aqui ficam algumas fotos: 


ETAR do Bairro das Flores, Beja

ETAR do Bairro das Flores, Beja

ETAR de Mombeja - Grelhas de Separação 



ETAR - Bairro das Pedreiras - Beja

ETAR - Santa Vitória 

Fossa Septica - Monte da Juliana

ETAR - Santa Vitória 






Fontes:


Guia de Saneamnto, Documento Interno, em formato não digital

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