segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Idosos




A expansão do envelhecer não é um problema. É sim uma das maiores conquistas da humanidade. O que é necessário é traçarem-se políticas ajustadas para envelhecer são, autónomo, activo e plenamente integrado” (Kofi Anam, 2002).


Segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística), A população idosa, com 65 ou mais anos, residente em Portugal é de 2,023 milhões de pessoas, representando cerca de 19% da população total. Na última década o número de idosos cresceu cerca de 19%.



“Num estádio de decadência, os idosos enfrentam numa sociedade diferente, famílias


diferentes, perdas significativas no seu prestigio sócio/profissional e cultural e, quantas vezes desenraizamento de sua casa e do seu lar. (…). Tudo isto conduz a um estado de solidão associado à vulnerabilidade de morte próxima…potenciando isolamento e depressão" (Jaques,2004, p.35).


Por tudo isto, penso o quanto é importante proporcionar ao idoso, um envelhecimento saudável e mediante as limitações de cada um, activo. Muitas vezes aquilo que se passa é que a família não tem possibilidade/ ou simplesmente não quer aceitar a responsabilidade de ter um papel activo no envelhecimento do seu idoso, por essa razão a alternativa é a institucionalização do mesmo.


Por tudo isto os lares acabam por ser os locais onde os idosos acabam por passar uma parte das suas vidas. Por essa razão estes estabelecimentos têm na minha opinião a obrigação de desenvolver actividades de apoio social, integrando a utilização temporária ou permanente, possibilitando ao idoso uma alimentação cuidada face às suas necessidades e limitações, cuidados de saúde, higiene e conforto, fomentando o convívio e propiciando a animação social e a ocupação dos tempos livres do idoso.




Durante a minha vida, já me foi possível ter contacto com o bom e o mau destas instituições.


Mas estou crente que temos mais exemplos de lares bons do que lares maus (uns por carências estruturais, outros por dificuldades ao nível funcional e outros ainda maus por ambas as situações) pelo menos quero acreditar que sim.


Durante a semana que passou foi-me possível ter contacto com mais um bom exemplo, realizei uma vistoria a um lar, cujas portas só abrirão no próximo mês, no entanto foi notória a preocupação por parte da direcção relativamente ao bem estar dos seus utentes.




Enquanto futura Técnica de Saúde Ambiental, penso que a realização de vistorias a estes estabelecimentos, sejam uma mais valia para os idosos, pois com estas vistorias assim como acções de sensibilização aos poucos podemos ajudar estas instituições a atingir um limiar mínimo de carências, sejam estas estruturais ou de funcionamento. Outro aspecto que para mim acho importante e que nós (Técnicos de Saúde Ambiental) temos o dever de sensibilizar os proprietários destes estabelecimentos para que não vejam apenas "dinheiro e lucro", mas acima de tudo, que primam pela satisfação, empenho, a dedicação, o acolhimento, o profissionalismo apostando na formação dos seus colaboradores, para assim se poder aplicar a palavra LAR e o idoso possa sentir verdadeiramente que o actual espaço onde se encontra a residir é de facto "o seu lar", a sua casa. 




Fontes:



Jaques, M. E. (2004). Ser idoso: abordagem psicossomática no contexto institucional e

familiar. Sinais Vitais, 35.

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